Oi gente, tudo bem?
O post de hoje é uma resenha de um livro meio antigo, porém foi uma ideia de leitura conjunta com o blog Em Outubro. Ela também vai fazer uma resenha sobre o livro, não se esqueçam de conferir lá. 
"O Pequeno Príncipe" é um livro antigo, mas que é capaz de contagiar pessoas de todas as idades, nunca é tarde para lê-lo. 
Bom, então vamos lá...



Sinopse: Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.


O que eu achei: Com certeza uma grande maioria já conhece a história do Pequeno Príncipe com seus vários personagens onde todos eles têm algum ensinamento - bom ou mau - a repassar ao pequeno príncipe, assim como ele tem lições a ensinar a cada um desses. texto é narrado por um aviador que, após sofrer uma pane no deserto do Saara, termina cruzando com uma figura extraordinária a qual ele chama de Pequeno Príncipe, uma criança de cabelos loiros como a cor do trigo que vem acompanhada de uma ingenuidade mesclada com astúcia. O Pequeno Príncipe, habitante de um planeta onde ele diz já ter visto o sol se pôr mais de quarenta e quatro vezes em um dia, decide abandonar seu lar e partir em uma jornada pelo universo depois de se desentender com sua única companhia, uma flor. O jovem passa por seis planetas habitados por indivíduos peculiares que apresentam perfis frequentemente encontrados no nosso dia-a-dia, sendo cada um desses seis planetas habitados por uma única pessoa e, depois de todos eles, ele passa pelo planeta Terra.
No primeiro planeta, o príncipe conhece um rei cujas ordens são dadas apenas se o que foi ordenado já é esperado que se aconteça. Por exemplo, ordenar que o sol se ponha na hora em que o sol se põe todos os dias. Na sua prepotência, o rei representa a necessidade de estabelecer aparências e a afirmação do que não se é tão comum no nosso meio. No segundo planeta, o príncipe encontra um homem vaidoso que, nitidamente, representa a vaidade do ser humano que está ligada ao recebimento de elogios, mas nunca de críticas. No terceiro planeta, o Pequeno Príncipe encontra um bêbado que se embriaga para esquecer a vergonha de beber e que de alguma forma representa a fraqueza do homem e sua inabilidade em lidar com os seus problemas. No quarto planeta, ele encontra um empresário que se diz ser dono das estrelas (porque nunca ninguém antes disse ser dono das mesmas e ele se viu no direito de ser dar tal título) e que está sempre ocupando seu tempo com cálculos. O empresário, portanto, representa a ganância tão presente no homem e necessidade de ter o que nem se quer será utilizado.
Pequeno Príncipe continua sua jornada até chegar ao quinto planeta, onde ele encontra um acendedor de lampião que de dia apaga e a noite acende o lampião em um lugar onde o dia não dura quase nada e, por causa disso, o acendedor não tempo para aproveitar sua vida. O acendedor acaba representado, portanto, o tempo que gastamos nos dedicando tanto ao trabalho sem aproveitar a vida a nossa volta. Na verdade, tenho trabalhado oito horas por dia desde o início de Junho e chego em casa já indo direto para cama sem aproveitar nada do dia que ainda me resta e, confesso, me senti meio acendedor de lampião quando li esse excerto. Mas tirando as minhas lamúrias, no sexto planeta oPequeno Príncipe encontra o geógrafo, que conhece montanhas e rios, mas que nunca visitou nenhum desses tantos lugares que há em seu planeta, pois ele apenas descreve o que os olhos de exploradores viram. O geógrafo,  portanto, se assemelha as pessoas que não saem do campo da teoria, as que apenas observam a vida passar e não se agitam um instante. Finalmente, o Pequeno Príncipe chega ao planeta Terra e descreve o lugar como uma mistura do que viu em todos os outros planetas. O nosso querido planeta, portanto, é uma festa de pessoas peculiares que aparentam ser o que não são e que se mergulham em vaidade enquanto não sabem lidar com seus problemas de forma madura e que também não aproveitam a vida e não se deixam permitir. "Na vida a gente nasce, morre e no meio a gente se permite", mas não foi exatamente esse cenário que o pequeno príncipe encontrou por essas bandas de cá e ele expressa isso no texto não com desapontamento, mas apenas com ares de observação.

E aí, o que acharam? Já leram? Me contem nos comentários. Beijos, até a próxima. Verônica.

6 Comentários

  1. Oi Verônica,
    Eu adorei a iniciativa de vocês duas. Eu ainda não li O Pequeno Príncipe (Eu sei que vergonha), mas foi porque ele não tinha despertado em nada que me fizesse ler...até agora.

    Bom, eu nunca tinha lido uma resenha Livro, parece irônico vindo de uma blogueira que visitas uns 20 blogs por dia. Mas é a mas pura verdade.

    Graças a sua resenha vou tomar vergonha na cara e ir atrás do livro para compra-lo e lê-lo.

    XoXo, Enjoy Books

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    1. Oi Alice, fico feliz que tenha gostado da resenha. Muito obrigada. Lê e depois me conta o que achou ;)
      Beijos.

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  2. Olá,
    Todos falam muito bem do Pequeno Príncipe, inclusive tenho 2 primas que são fascinadas. Porém nunca tive interesse em ler o livro ou ver o filme, tudo bem, admito que já passou pela minha cabeça ler, mas só por curiosidade mesmo, quem sabe um dia...
    Beijos

    Preguiça Literária

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    1. Oi Lorena, coloque uma meta quem sabe você consegue ler. Beijos.

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  3. Oi Veronica, já li o Pequeno Príncipe há muitos anos, se não me engano há 11 anos atrás. Na época não senti nada, acredito que chegou a hora de reler. Quem sabe dessa vez eu entendo melhor o que ele quer passar. Adorei sua resenha, como sempre bem completa.

    Te indiquei em uma tag lá no blog.

    Beijinhos

    www.besidethebooks.com.br

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    1. Oi Maiara, que legal. Vai ser muito bom para você ler de novo com mais maturidade. Beijos

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